Casas Sim
Casas Sim, Barracas não
As casas são do povo
Abaixo a exploração
Vim do campo pra cidade
Atarralhei a maldição
A morrer de sol a sol
Por uma côdea de pão
Que metade colheita
Vai prós bolsos do patrão
Estava farto de miséria
De ver os filhos a chorar
Larguei tudo e vim me embora
Pra cidade trabalhar
Sem dinheiro e sem ter casa
Fui pras barracas morar
Refrão
Dizem que quem nasce pobre
Sem dinheiro pra estudar
Tem que andar sempre de canga
E tem de se sujeitar
Ao que a sorte lhe trouxer
E às migalhas que apanhar
Essa sorte eu a renego
Que só dá sorte ao patrão
É conversa de quem quer
continuar a exploração
Vou lutar que a minha sorte
Há de sair da minha mão
Refrão
Sou operário sou pedreiro
Trabalho na construção
Sou eu quem constrói as casas
Prós burgueses, pró patrão
Dou palácios aos senhores
E vivo num barracão
A canalha que me explora
Tem tudo que quer à farta
Chalés no campo e na praia
Para a amante e para a gata
Tudo à minha custa enquanto
Vivo num bairro de lata
Refrão
Mas já basta de miséria
Isto agora vai ser diferente
Não haja gente sem casa
Enquanto houver casas sem gente
Pelo fim da exploração
Marchemos todos em frente
Todos bem organizados
Partiremos à conquista
Esmagaremos para sempre
A opressão capitalista
Liberdade para o povo
Numa pátria socialista
Refrão
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